GOURMETIZAÇÃO DAS OBRAS PÚBLICAS

Anunciada aos quatro ventos a inauguração do Complexo Viário da Forquilha movimentou autoridades do poder municipal, estadual e federal num sábado ensolarado em direção à nossa antiga zona fantasma.

Ali os carros entravam naquele ponto do triangulo das bermudas ludovicense e somente conseguiam sair depois de longos minutos e outas por vezes horas a fio.
O que antes era um retorno virou cruzamento como sugeriam 9 entre 10 pessoas que tinham o desprazer de passar por ali.

Claro que o puxasaquismo deve ter dado essa ideia cheia de marketing superlativo.
O que transformou um retorno em cruzamento virou um complexo viário.

Complexo foi mesmo.

Por que a obra começou há uns dois anos, foi catapultada com todo vigor no período eleitoral, esquecida depois e retomada só em meados de 2017.

 Mas trocar um retorno por um cruzamento custou aos cofres públicos mais de 8 milhões.

Tudo bem, foi feito mais um retorno mais a frente lá no meio da Cohab.
Como foi entregue

Também houve uma redrenagem na área que sai por trás da Chopperia Marcelo.
Rereredrenagem feita várias vezes até os engenheiros acertarem na mão.

Foi criado também um atalho (mais longo) para dificultar a passagem de quem vem da Maiobão em direção ao Anil. E esqueceram de preparar as estreitas ruas que serviriam de desvio. Como a obra durou muito tempo, muita gente quebrou o carro porque não soube esperar o asfaltamento das vicinais que só ocorreu no final da obra.

Um dos defensores da obra diz que ficou barato porque cada 1 Km de asfalto custa certa de 500 mil.

Ou seja com essa grana dava pra ter asfaltado metade do caminho até o Maiobão.

Mas vamos comparar mais como fez o baixinho Linhares Jr. "O elevado Alcione de Nazaré na Avenida dos Franceses custou R$ 5.5 milhão anos atrás feitos por Roseana. Com mais R$ 1.5 milhão gastos em desapropriação, ficou por R$ 7 milhões a fatura."

Completo: A primeira linha do VLT foi orçada em 11 milhões.
Mas é pecado falar em VLT.

Muita gente desconfia dessa engenharia urbana que está sendo feita nos últimos anos.
Para remediar e talvez esconder um plano viário consistente vai se remediando com o que der.

Chamo gentilmente de alargamento da boca do funil.

Aumenta-se um determinado trecho da avenida tirando-se canteiros e mantem-se outros extremamente finos.

Dá-se a falsa impressão de que o trânsito flui mas logo ele se espreme de novo.

Mas não é o caso do ex Retorno da Forquilha.
Ali o trânsito flui muito melhor agora.
Resta saber se 8 milhões foi o valor necessário para essa mudança.

Tentaram transformar em Complexo uma coisa tão simples.
O bom é que não teremos que passar mais uma vida no ex Retorno da Forquilha.
Talvez passemos uma para pagar a obra.

O que é um cruzamento virou Complexo Viário.

Mas até que foi baratinho porque o Governo e Prefeitura já haviam anunciado que iriam gastar 120 milhões nele e no do Calhau, claro se fossem viadutos e não cruzamentos. É só conferir aqui.


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7 comentários:

  1. Opinião de um CoCa - Corintiano-Castelista já viu né... Dá pra ouvir o grito de "é nós mano" nas entrelinhas kkk. Que comecem os jogos... e o mimimi hehe. Bons "fights" pra você... O que seria o a favor se não tivesse o do contra? Abcs

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    1. Não acho que ter trabalhado para a prefeitura desqualifique a minha opinião.
      Trabalhei para prefeitura o que é diferente de trabalhar para o prefeito.
      Naquela época já dizia que não precisava um elevado ali e na holandeses.

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  2. Já era hora Mukama. O desvio que fizeram pra entrar no cohatrac perto extra Farma na Cohab é coisa de louco e estão fazendo a mesma engenharia perto do Mateus. Cara, e já tem buraco no asfalto vagabundo do retorno da forquilha. É isso aí, só nos resta aos pobres mortais lamentar aqui nesse novo muro das lamentações.

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    1. E o pior que eles mesmos já estão furando o asfalto que acabaram de colocar.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Esses valores mencionados do elevado Alcione Nazaré, estão corrigidos com valores atualizados de material e mão de obra?

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  5. Claro que não mas dá pra ter uma dimensão do que foi gasto e sua relação com o que está sendo feito hoje pra realizar um cruzamento.

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